MAQUETAS DE CARLOS GARCIA EM EXPOSIÇÃO
Biblioteca Municipal de Cantanhede, de 5 a 30 de abril
A exposição de maquetas Cruzeiros e alminhas do concelho de Cantanhede nasceu do gosto de Carlos Garcia em realizar trabalhos manuais de marcenaria e pintura, a partir dos quais se dedica a criar peças artísticas, geralmente relacionadas com temas religiosos ou históricos, representativos do património do concelho. Nesta exposição estão patentes trinta e três maquetas de cruzeiros e alminhas que existem em Ançã, Bolho, Cadima, Cantanhede, Cordinhã, Camarneira, Covões, Febres, Fontinha, Lemede, Lírios, Murtede, Ourentã, Outil, Pena, Pocariça, Portunhos, Póvoa da Lomba, Sanguinheira, S. Caetano, Sepins, Tocha, Varziela e Vila Nova de Outil, localidades do concelho de Cantanhede, que o autor construiu num curto período de tempo.
A partir de um levantamento prévio no qual recolheu informações sobre a existência destes monumentos religiosos, desenvolvido na Biblioteca Municipal de Cantanhede e no próprio terreno, o autor elencou os monumentos, fotografando-os e recolhendo um conjunto de outras informações relacionadas com as peças em estudo.
As maquetas dos cruzeiros e das alminhas expostas foram executadas em madeira, com bastante realismo e minúcia, faculdades que caracterizam Carlos Garcia e toda a sua obra.
Os cruzeiros e as alminhas existentes no concelho foram construídos essencialmente com recurso ao calcário, mineral existente em grande quantidade nas pedreiras da nossa região e utilizado há muito por canteiros e escultores como matéria-prima em estatuária e construção civil.
Esta é a segunda vez que Carlos Garcia expõe os seus trabalhos, na Biblioteca Municipal, já que em outubro de 2020 a instituição recebeu Viagem a Cantanhede do passado, onde estiveram patentes doze réplicas de edifícios civis e religiosos de Cantanhede, alguns dos quais já desaparecidos.
Sobre o autor
Carlos de Jesus Garcia nasceu em 1932. Estudou até à 4ª classe e as suas primeiras profissões foram as de latoeiro, carpinteiro e marceneiro. Casou em 1954 com Maria Luísa da Silva Gonçalves, com a qual teve três filhos. Industrial de marcenaria, Carlos Garcia dedicou-se, também, a outras ocupações, nomeadamente à escrita, sendo autor de Manta de Retalhos (2005), Cantanhede: memórias para o futuro (2006) e Caminhos da vida em histórias da vida real : relato de factos e acontecimentos e poesias (2012)
